O Comércio nas Missões Jesuíticas

    Os Sete Povos das Missões tiveram suas origens em povoados criados de forma estratégica pelos espanhóis, e colonizados por padres jesuítas (companhia de Jesus) na região Sul do Brasil, na fronteira com a Argentina, Uruguai e Paraguai, com a intenção de impedir o avanço dos portugueses, de difundir a fé católica e catequizar os indígenas.
Com o passar do tempo as reduções (aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos padres jesuítas) foram tornando-se produtivas e organizadas, entre esses fatores que caracterizou esse fato, citamos o comercio, o qual possuía 3 tipos: o interno ou seja dentro da própria redução, o semi-interno ou entre as reduções e o externo, no caso com os espanhóis.
    No comercio INTERNO, poderiam trocar apenas produtos dispensáveis e supérfluos, não podendo negociar itens que fossem essenciais a sua sobrevivência e da comunidade, por exemplo um machado que seria para trabalho, não poderia trocar pois faria falta para a sua atividade junto à comunidade. Mas, por exemplo colares ou tigelas poderiam ser trocados, desde que feitos em horários livres (fora do expediente de trabalho), geralmente eram trocados por caça ou pescado.
    No comercio SEMI INTERNO, as trocas eram feitas entre as comunidades, não podendo ser feita entre índios de comunidades diferentes. Alguns povoados situavam-se em áreas ideias para a pecuária e outras junto a florestas com o solo mais fértil para agricultura; outro exemplo, uma redução era especializada na fabricação de sinos e outra em instrumentos musicais e uma outra em tecelagem, nenhuma redução era autossustentável, desse modo surge a necessidade das trocas.
   No comercio EXTERNO, com os espanhóis, as vendas eram feitas em Buenos Aires e Santa Fé, geralmente na época após a colheita da erva-mate, na mesma oportunidade faziam compras para as reduções. As negociações eram feitas pelo Padre Procurador de Oficio, o qual tinha total conhecimento sobre todas as reduções e suas necessidades, sendo que todos os produtos eram levados e trazidos por barcos.
Também existia a possibilidade de negócios com o que seria na época, “Caixeiros viajantes”, mas existiam muitas regras, pois os jesuítas temiam a ingenuidade dos índios que por consequência disso, poderiam ser ludibriados nas trocas.
Uma das regras criadas era o tempo de permanência, podendo ser no máximo de 3 dias, e outro fator que dificultava era de que o comércio direto com as cidades espanholas era mais rentável. Geralmente “os caixeiros”, no intuito de evitar emboscadas subiam pelo Rio Paraná e desciam por terra, até em direção a Assunção, passando pelas reduções de Santiago, Santa Rosa, Santa Maria de Fé e Santo Inácio Guaçu.

Fonte de consulta: o livro, Os trinta povos guaranis de Arnaldo Bruxel.
Paulo Mena Pesquisador
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