Bombacha, babucha do "turco"

As bombachas de campo usadas no nosso país, não são originais daqui e tem uma história muito particular.
Na chamada "Guerra da Crimeia" entre 1853-56, enfrentaram o Império Russo contra a aliança formada pelo Reino Unido, França, Império Otomano e Reino Unido do Piemonte e Sardenha.
Além das 450 mil baixas no lado russo, houve quase 200 mil franceses e turcos caídos e cerca de 22 mil efetivos ingleses mortos.
Mas além do saldo trágico dos mortos, a guerra deixou quase 100 mil uniformes "sobrantes" dos turcos.
Concordada com a paz, essa roupa foi considerada como "rezagos militares" e oferecida por um diplomata francês para a comercializar no nosso país, o que foi aceite pelo então presidente da Confederação Justo José de Urquiza.
Tratava-se da "babucha" turca, que por deformação da palavra se tornou a "bombacha" campestre argentina.
Antes da calça o gaúcho usava o chiripá. Mesmo assim, continuou a usá-lo por mais um tempo.
Isso significa que nossas calças de campo tem mais de 160 anos de validade aqui.
É uma roupa prática e confortável, tanto para usar com botas como alpargatas, confeccionadas em tecido de algodão e resistentes para o trabalho.
Nas fotografias que acompanham esta publicação: à esquerda um soldado turco vestindo a "babucha".
À direita um gaúcho com Bombachas.
Autor: Carlos Leonardo Carabajal

Empreendimentos

NARRATIVAS MATERIAIS: AS MISSÕES JESUTTICAS E SEU SISTEMA SOLÁR PATRIMONIAL

Promovido pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com o Instituto Ândaïuz do Património Histórico (L4.PH) e a Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), o seminário tem vagas limitadas (75 para inscrição) e busca debater, apresentar e possibilitar a troca de experiências de casos de boas práticas na gestão do Património Cultural, e nas polí...